sábado, maio 08, 2004

Desde segunda o Espírito histórico ‘tava me pedindo pra escrever alguma coisa sobre ela, aí ‘tá aí... A "História Nova" é muito louca!... Não que eu não goste, afinal se não fosse por ela nunca estudaríamos a história na real, e nunca iria aparecer livros do tipo : "História da Morte no Ocidente" ou "O Queijo e os Vermes". Livros q retratam as pessoas comuns em seu cotidiano e tudo aquilo q elas pensavam e sentiam. Esse tipo de história surgiu (oficialmente) no fim dos anos 20, com a revista "Annales d'histoire économique et sociale" na França, pelo duo de Estrasburgo, Lucien Febvre e Marc Bloch. Eles, como opróprio nome da revista diz, queriam uma história voltada pra a economia e as relações sociais, e eles tentaram fazer esse tipo de história até o fim dos anos 40, quando a revista rebatizada de “Annales. Economies. Sociétés. Civilisations”. Nessa época Lucien Febvre assumiu como único diretor já que Marc Bloch fora fuzilado pelos alemães na Segunda Grande Guerra. A história nos Annales se torna “uma História não automática, mas problemática” Não adianta você apenas “olhar” o fato histórico, você deve olhar e questioná-lo.
Depois de um tempo Febvre “descobre” Fernand Braudel, q depois de certo tempo assume a direção dos Annales (a “escola de Annales” foi constituída de 3 gerações). Braudel visa uma História com base na geografia, o que distanciou bastante dos objetivos de Febvre (se não me engano!) e ele fica na direção da revista dos anos 50 aos anos 70. Depois disso (se não me engano, novamente!!!) A terceira geração acaba admitindo a História como uma área não científica e começam a realmente dar ênfase à história das mentalidades como Febvre e Bloch anteriormente já haviam se interessado.
Tudo bem, aqui ‘tá um resumo muito mal feito do que eu entendi do assunto (tb, fazer um resumo desse assunto com tão poucas linhas é quase impossível!) Ah, historiadores de plantão ou curiosos, por favor comentem! E falem de meus acertos e erros aqui, hein? E deixo aqui um pensamento de Febvre (já perceberam que eu gostei desse cara?) : “Fazer a história, sim, na medida em que a história é capaz, e a única capaz, de nos permitir, num mundo em estado de instabilidade definitiva, viver com outros reflexos que não os do medo...”

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