domingo, abril 17, 2005

Gente, eu não morri! :D :D :D :D
A vida é muito complicada, o tempo é curto e o alemão é difícil! :P
E, como eu tô escrevendo aqui só pra minha conta não expirar (de fato, eu já tava com medo de que isso acontecesse), eu vou colocar um poema de novo! Tem problema? Hoje não vai ser Mário Quintana, e sim Gregório de Matos. Não achem que tô triste/melancólica, por que não tô. É porque eu gosto desse poema há muito tempo, acho bem intenso.
Dúvidas, sugestão e comentários serão muito bem aceitos!

B-jo pra vcs!

"Moraliza o Poeta nos Ocidentes do Sol a Inconstância dos Bens do Mundo"

Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.

Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.

Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância."